O Dia Mundial da Saúde Mental foi instituído em 1992 pela Federação Mundial para a Saúde Mental, com o objetivo de sensibilizar a opinião pública para as questões de Saúde Mental. A Organização Mundial de Saúde define saúde como um completo bem estar físico, psicológico e social e não simplesmente como ausência de doenças. Neste sentido, assim como procuramos sempre gozar de uma boa saúde física, a saúde mental também deve ter a devida atenção e os devidos cuidados, no que concerne a prevenção de sofrimento psíquico, ao tratamento e também a forma de enfrentar e lidar com os transtornos mentais. A mudança de paradigmas na atenção á saúde mental iniciou com o movimento da pré-reforma psiquiátrica na década de 70, paralelamente com o movimento da reforma sanitária. Profissionais de Saúde, Usuários, familiares e a Sociedade em geral, inconformados com a situação caótica em que se encontrava a saúde mental, organizaram-se e iniciaram essa luta que culminou com a Reforma Psiquiátrica.Em 1989 o então deputado Paulo Delgado criou um projeto de lei que propunha a regulamentação dos direitos da pessoa com transtornos mentais e a extinção progressiva dos manicômios no país. É o início das lutas do movimento da Reforma Psiquiátrica nos campos legislativo e normativo. É somente no ano de 2001, com uma trajetória de luta, após 12 anos de tramitação no Congresso Nacional, que a Lei Federal 10.216, que regula toda a política de saúde mental é sancionada no país. Diante do momento em que hoje estamos vivendo se faz necessário ressaltar alguns dados importantes:
3% da população sofre de transtornos mentais severos e persistentes;
6% da população sofre de algum transtorno grave em decorrência do álcool;
12% da população necessita de algum cuidado em saúde mental seja ele contínuo ou eventual.
Esses dados são relevantes e nos mostram a importância do cuidado que se deve oferecer à saúde mental da população. Daí a preocupação em uma ação integrada entre os diversos setores da sociedade, pois ter saúde é muito mais que não apresentar nenhum desconforto físico/psíquico, é ter uma vida digna e respeitada, é ter direito a lazer, saúde, educação, alimentação, emprego, moradia, entre outros.
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